Me sentí muito preocupada quando Luiz e Nancy, os pais de Ágatha, me ligaram para contar que uma moça de 23 anos, havia tido experiências depressivas, e o médico receitou erva de São João.
Os dois mencionaram que nos últimos três meses, ela sequer saiu do quarto, não atendia o telefone, não tinha vontade para nada, se sentia cansada e sem energias.

Havia momentos em que se mostrava estar um pouco melhor, então eles não levaram em conta esse aspecto dela, mas nas três semanas anteriores o estado dela caiu e muito.

Erva de São João

Após se consultar com o médico, e ter realizado vários exames, foi identificado uma depressão leve. Para tratar a doença, ele receitou alguns procedimentos, dentre eles uns comprimidos da erva de são joão

Luiz e Nancy queriam saber se ela era realmente eficaz contra a depressão, e resolveram me perguntar se era necessário o consumo de antidepressivos sintéticos.

Conversando com eles, compartilhei as características e benefícios da erva de são joão, e de que maneira a planta poderia salvar sua filha.

História e Origem

Conhecida por toda a Ásia e em boa parte da Europa, a erva de São João é nativa de lá. É reconhecida por ser um belo arbusto com flores amarelas muito chamativas. Sua época de cultivo é quando florece, o que ocorre por volta de 24 de junho, o dia tradicional de São João, o que explica as origens de seu nome.

Antigamente, os povos a usavam pelas suas características terapêuticas, bem como as medicinais. O grego Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, mencionou a erva em suas obras.

Outro que reconheceu sua grandiosidade foi Plínio (23 – 79 d.C.), naturalista e cientista.

história e origem

Também conhecida pelo nome científico de Hypericum Perforatum, e por isso, é também chamada de hipérico. O interessante é que hypericum significa “sobre os espíritos”, já que havia uma crença de que ela seria capaz de magicamente espantar maus espíritos.

Ao longo do tempo foi usada para cuidar de úlceras, dores, transtornos nervosos, feridas e queimaduras.

Nos dias de hoje é utilizada mais comumente contra a depressão. Em centros naturalistas e em algumas farmácias é possível conseguir a erva de São João em comprimidos, cápsulas, extratos, e em formato designado para infusões.

Por mais que seja muito benéfica contra a depressão, a erva de São João (ou hipérico), pode ter vários efeitos.

Propriedades da erva de São João

A erva de São João contém diversas substâncias e nutrientes que afetam positivamente o corpo, mais especificamente o sistema hormonal do nosso organismo.

A planta inclusive foi reconhecida como terapêutica graças a essas substâncias que contém. A seguir vamos ver quais são:

Naftodiantrones

É assim que são chamados os compostos isolados da erva de São João, que foram bastante analisados.

Observaram que esses compostos isolados são os responsáveis pela ação antidepressiva no sistema nervoso.

Ao que tudo indica os neftodiantrones aumentam o número de neurotransmissores responsáveis pelo humor.

Neurotransimssores são substâncias produzidas por células neurais. Eles são responsáveis para enviar informação em meio químico para o organismo. Dentre esses transmissores, há dois em especial, a dopamina e a serotonina.

Naftodiantrones

A dopamina é o neurotransmissor responsáveis pelas sensações de prazer que sentimos. Já a serotonina se encontrada em níveis baixos, pode causar estresse e ansiedade.

Os Naftodiantrones presentes na erva de São João é a hiperforina, antes conhecida como hipericina. A essa substância é atribuída propriedades antidepressivas e antibióticas.

A seguir explico com detalhes o funcionamento da hiperforina da erva de São João no sistema nervoso, e em nosso estado mental.

Ao serem liberados os neurotransmissores, pode ser que alguns deles sejam desativados por enzimas, ou até mesmo serem reabsorvidos pelas células que os produziram. O que a hiperforina faz é de basicamente inibir as células de reabsorverem os neurotransmissores. Esse processo de reabsorção é conhecido como recaptação.

Bloqueando a recaptação da serotonina, dopamina e outros neurotransmissores, o sangue passa a ter um bom nível dos mesmos, aumentando o fluxo com que chegam no cérebro , reduzindo assim a ansiedade e aumentando o relaxamento.

Flavonóides

Os flavonóides são substâncias da mesma ordem dos polifenóis, encontrados nas plantas. São ótimos para a saúde por conterem um grande poder antioxidante.

As pessoas que consomem flavonóides com frequências, apresentam um menor risco de contraírem doenças.

São capazes, por exemplo, de nos proteger de radicais livres vindos do cigarro, e de outros meios tóxicos.

Há também os flavonóis, que são um tipo de flavonóides que reduzem a inflamação das artérias e o acúmulo de placas nelas. Por consequente reduzem a hipertensão e o colesterol no corpo. Essas condições anteriores poderiam causar doenças cardíacas.

Os flavonóides possuem outros efeitos positivos. Eles melhoram a coagulação do sangue e a sensibilidade da insulina.

A erva de São João é dotada de muitos benefícios reservados para quem a consome.

outros compostos

Outros compostos

Dentre as várias substâncias que protegem a nossa saúde e o nosso sistema nervoso, o hipérico possui outras qualidades derivadas de seus diversos compostos, todos eles ótimos aliados ao bem estar.

Há por exemplo os taninos que vêm dos polifenóis. Os taninos são característicos pelo seu sabor amargo e por suas propriedades adstringentes, isto é, que protegem a pele.

Esses compostos são responsáveis por proteger as plantas de ataques e feridas, além de serem tóxicos para outros microorganismos e herbívoros. Essas substâncias dão à erva de São João propriedades antissépticas e cicatrizantes.

Outra substância da erva são as xantonas, conhecidas como as mais antioxidantes.

Mesmo sem ter grandes benefícios exclusivamente nutricionais, as xantonas e os taninos são essenciais para o metabolismo dos vegetais, pois lhes garantem grande proteção para sua saúde.

Inclusive, essa é a razão de serem chamadas de substâncias bioativas.

Benefícios da erva de São João

Como pode ser observado, a erva contém características antivirais, antibacterianas, antioxidantes e antiifnlamatórias. Por essas grandes características é um dos produtos nautrais mais consumidos nos Estados Unidos.

A erva de São João é tão conhecida que já realizaram diversos estudos para descobrir mais propriedades, benefícios e também efeitos colaterais indesejáveis.

A seguir listarei algumas doenças que podem ser tratadas com a erva de São João.

Depressão

fraqueza corporal

A depressão é um transtorno de ânimo muito comum nos dias de hoje. Há vários níveis de depressão, desde leve a moderado, podendo chegar a grave. É capaz de afetar o dia a dia da pessoa, assim como os pensamentos e julgamentos, como a pessoa se enxerga e se sente sobre si mesmo.

Normalmente pessoas com depressão se sentem tristes, ansiosas e sem muita energia para fazer coisas que antes as entretiam. Podem até chegar a se sentir mais irritadas, frustradas e até com problemas de sono e apetite.

Pessoas que tem depressão geralmente encontram dificuldades para se concentrar, lembrar de detalhes e tomar decisões. Nos estágios mais graves da doença, é possível que ocorram pensamentos suicidas, ou de autoflagelação.

Efeitos da erva contra a depressão

A erva de São João foi analisada por pesquisadores que encontraram componentes que ajudam a tratar a depressão nos níveis leves a moderados. Porém, não é recomendado o autotratamento, se você suspeita que possui depressão, deverá ver um médico imediatamente.

Nos casos de depressão leve ou moderados, a erva de São João pode ser muito útil graças a seus componentes, dentre eles hiperforia e outras naftodiantronas. Inclusive há estudos que apontam a erva como mais eficiente que outros métodos placebos.

Porém, apesar das boas notícias, as evidências ainda não são conclusivas, há estudos ainda sendo feitos.

Houve por exemplo um estudo de Cochrane sistemático que, depois de revisar 29 estudos em que somados participaram 5489 pacientes com depressão, os tratados com extratos de erva de São

João atuaram de forma superior ao placebo substituto.

Também foi identificado que tiveram o mesmo êxito dos antidepressivos, porém com menos efeitos colaterais.

O mais notável foram os resultados mais favoráveis nos países de língua germânica. Lá as ervas são utilizadas de formas mais tradicionais, e já são prescritas por médicos. Nos países onde ela não é prescrita, os resultados aparentaram ser menos efetivos.

Outros usos da erva de São João

Há alguns casos em que a erva pode ser muito útil. Os que apontaram certa relação com estados depressivos, como fobia social ou Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Os estudos analisados nos casos ainda não são conclusivos, mas foram relatados que assim que a erva foi consumida, os sintomas de TOC melhoraram. Porém houveram outros relatos que não foi percebida melhora alguma.

No caso do Transtorno Afetivo Emocional, a erva ajudou a melhorar o ânimo. Esse transtorno é um tipo de depressão que alguns indivíduos sofrem durante o inverno, pela ausência de luz solar. O efeito terapêutico da erva se potencializa com terapias de luz.

Misturas da erva de São João foram utilizadas com sucesso tratando queimaduras leves e hemorroidas. Também em feridas e inflamações, graças a sua característica antibacteriana.

Em casos de transtornos específicos da mulher, como a síndrome pré menstrual e a menopausa, existe certa evidência que a erva de São João ajuda a aliviar alguns dos sintomas.

A erva também ajuda a melhorar o humor e diminuir a ansiedade.

Efeitos colaterais

efeitos colaterais

O maior efeito colateral que a erva contém, é a possível interação negativa com alguns medicamentos. É possível que o hipérico diminua o efeito de alguns remédios antidepressivos, por exemplo.

Também pode interferir negativamente com anticoncepcionais, e medicamentos para que o corpo não rejeite órgãos transplantados.

Pode também afetar negativamente tratamentos para HIV, câncer e alguns anticoagulantes.

Por ajudar a fechar os poros e a controlar a oleosidade da pele, dentre outros efeitos adstringentes, ao consumir é possível que o indivíduo sinta náuseas, boca seca, e problemas gastrointestinais.

Por esses motivos é importante consultar seu médico para saber se é apropriado ou não o consumo da erva de São João.

Quando falei com Luis e Nancy, entendi suas preocupações. Por isso os tranquilizei sobre as decisões e indicações de seu médico. Receitar a erva de São João era algo completamente aceitável dentro da situação em que se encontravam. Também perguntei sobre Ágatha e sua situação. Me contaram que além de problemas pessoais, pressões da faculdade e do trabalho também estavam afetando sua filha.

Conselho final

Os incentivei a manter a calma e o bom ânimo, e a observar mudanças positivas ou negativas em sua filha, comunicando-as ao médico. Também mostrei que não era culpa dos dois, já que sempre foram pais bondosos, compreensivos e pacientes.

É importante ter um estilo de vida ativo com uma boa alimentação, aliada ao otimismo e tranquilidade. É importante cuidar do seu corpo, pois ele lhe acompanhará em todos os momentos de sua vida.

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